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Assim diz o SENHOR: O céu é o meu trono, e a terra o escabelo dos meus pés; que casa me edificaríeis vós? E qual seria o lugar do meu descanso? Porque a minha mão fez todas estas coisas, e assim todas elas foram feitas, diz o SENHOR; mas para esse olharei, para o pobre e abatido de espírito, e que treme da minha palavra. [Isaías 66: 1-2]

João 18

Almeida Revista e Atualizada

  • 1. Tendo Jesus dito estas palavras, saiu juntamente com seus discípulos para o outro lado do ribeiro Cedrom, onde havia um jardim; e aí entrou com eles.
  • 2. E Judas, o traidor, também conhecia aquele lugar, porque Jesus ali estivera muitas vezes com seus discípulos.
  • 3. Tendo, pois, Judas recebido a escolta e, dos principais sacerdotes e dos fariseus, alguns guardas, chegou a este lugar com lanternas, tochas e armas.
  • 4. Sabendo, pois, Jesus todas as coisas que sobre ele haviam de vir, adiantou-se e perguntou-lhes: A quem buscais?
  • 5. Responderam-lhe: A Jesus, o Nazareno. Então, Jesus lhes disse: Sou eu. Ora, Judas, o traidor, estava também com eles.
  • 6. Quando, pois, Jesus lhes disse: Sou eu, recuaram e caíram por terra.
  • 7. Jesus, de novo, lhes perguntou: A quem buscais? Responderam: A Jesus, o Nazareno.
  • 8. Então, lhes disse Jesus: Já vos declarei que sou eu; se é a mim, pois, que buscais, deixai ir estes;
  • 9. para se cumprir a palavra que dissera: Não perdi nenhum dos que me deste.
  • 10. Então, Simão Pedro puxou da espada que trazia e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita; e o nome do servo era Malco.
  • 11. Mas Jesus disse a Pedro: Mete a espada na bainha; não beberei, porventura, o cálice que o Pai me deu?
  • 12. Assim, a escolta, o comandante e os guardas dos judeus prenderam Jesus, manietaram-no
  • 13. e o conduziram primeiramente a Anás; pois era sogro de Caifás, sumo sacerdote naquele ano.
  • 14. Ora, Caifás era quem havia declarado aos judeus ser conveniente morrer um homem pelo povo.
  • 15. Simão Pedro e outro discípulo seguiam a Jesus. Sendo este discípulo conhecido do sumo sacerdote, entrou para o pátio deste com Jesus.
  • 16. Pedro, porém, ficou de fora, junto à porta. Saindo, pois, o outro discípulo, que era conhecido do sumo sacerdote, falou com a encarregada da porta e levou a Pedro para dentro.
  • 17. Então, a criada, encarregada da porta, perguntou a Pedro: Não és tu também um dos discípulos deste homem? Não sou, respondeu ele.
  • 18. Ora, os servos e os guardas estavam ali, tendo acendido um braseiro, por causa do frio, e aquentavam-se. Pedro estava no meio deles, aquentando-se também.
  • 19. Então, o sumo sacerdote interrogou a Jesus acerca dos seus discípulos e da sua doutrina.
  • 20. Declarou-lhe Jesus: Eu tenho falado francamente ao mundo; ensinei continuamente tanto nas sinagogas como no templo, onde todos os judeus se reúnem, e nada disse em oculto.
  • 21. Por que me interrogas? Pergunta aos que ouviram o que lhes falei; bem sabem eles o que eu disse.
  • 22. Dizendo ele isto, um dos guardas que ali estavam deu uma bofetada em Jesus, dizendo: É assim que falas ao sumo sacerdote?
  • 23. Replicou-lhe Jesus: Se falei mal, dá testemunho do mal; mas, se falei bem, por que me feres?
  • 24. Então, Anás o enviou, manietado, à presença de Caifás, o sumo sacerdote.
  • 25. Lá estava Simão Pedro, aquentando-se. Perguntaram-lhe, pois: És tu, porventura, um dos discípulos dele? Ele negou e disse: Não sou.
  • 26. Um dos servos do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro tinha decepado a orelha, perguntou: Não te vi eu no jardim com ele?
  • 27. De novo, Pedro o negou, e, no mesmo instante, cantou o galo.
  • 28. Depois, levaram Jesus da casa de Caifás para o pretório. Era cedo de manhã. Eles não entraram no pretório para não se contaminarem, mas poderem comer a Páscoa.
  • 29. Então, Pilatos saiu para lhes falar e lhes disse: Que acusação trazeis contra este homem?
  • 30. Responderam-lhe: Se este não fosse malfeitor, não to entregaríamos.
  • 31. Replicou-lhes, pois, Pilatos: Tomai-o vós outros e julgai-o segundo a vossa lei. Responderam-lhe os judeus: A nós não nos é lícito matar ninguém;
  • 32. para que se cumprisse a palavra de Jesus, significando o modo por que havia de morrer.
  • 33. Tornou Pilatos a entrar no pretório, chamou Jesus e perguntou-lhe: És tu o rei dos judeus?
  • 34. Respondeu Jesus: Vem de ti mesmo esta pergunta ou to disseram outros a meu respeito?
  • 35. Replicou Pilatos: Porventura, sou judeu? A tua própria gente e os principais sacerdotes é que te entregaram a mim. Que fizeste?
  • 36. Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui.
  • 37. Então, lhe disse Pilatos: Logo, tu és rei? Respondeu Jesus: Tu dizes que sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.
  • 38. Perguntou-lhe Pilatos: Que é a verdade? Tendo dito isto, voltou aos judeus e lhes disse: Eu não acho nele crime algum.
  • 39. É costume entre vós que eu vos solte alguém por ocasião da Páscoa; quereis, pois, que vos solte o rei dos judeus?
  • 40. Então, gritaram todos, novamente: Não este, mas Barrabás! Ora, Barrabás era salteador.

Almeida Revista e Atualizada


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