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Assim diz o SENHOR: O céu é o meu trono, e a terra o escabelo dos meus pés; que casa me edificaríeis vós? E qual seria o lugar do meu descanso? Porque a minha mão fez todas estas coisas, e assim todas elas foram feitas, diz o SENHOR; mas para esse olharei, para o pobre e abatido de espírito, e que treme da minha palavra. [Isaías 66: 1-2]

Mateus 27

Nova Versão Internacional

  • 1. De manhã cedo, todos os chefes dos sacerdotes e líderes religiosos do povo tomaram a decisão de condenar Jesus à morte.
  • 2. E, amarrando-o, levaram-no e o entregaram a Pilatos, o governador.
  • 3. Quando Judas, que o havia traído, viu que Jesus fora condenado, foi tomado de remorso e devolveu aos chefes dos sacerdotes e aos líderes religiosos as trinta moedas de prata.
  • 4. E disse: “Pequei, pois traí sangue inocente”. E eles retrucaram: “Que nos importa? A responsabilidade é sua”.
  • 5. Então Judas jogou o dinheiro dentro do templo e, saindo, foi e enforcou-se.
  • 6. Os chefes dos sacerdotes ajuntaram as moedas e disseram: “É contra a lei colocar este dinheiro no tesouro, visto que é preço de sangue”.
  • 7. Então decidiram usar aquele dinheiro para comprar o campo do Oleiro, para cemitério de estrangeiros.
  • 8. Por isso ele se chama campo de Sangue até o dia de hoje.
  • 9. Então se cumpriu o que fora dito pelo profeta Jeremias: “Tomaram as trinta moedas de prata, preço em que foi avaliado pelo povo de Israel,
  • 10. e as usaram para comprar o campo do Oleiro, como o Senhor me havia ordenado”.
  • 11. Jesus foi posto diante do governador, e este lhe perguntou: “Você é o rei dos judeus?” Respondeu-lhe Jesus: “Tu o dizes”.
  • 12. Acusado pelos chefes dos sacerdotes e pelos líderes religiosos, ele nada respondeu.
  • 13. Então Pilatos lhe perguntou: “Você não ouve a acusação que eles estão fazendo contra você?”
  • 14. Mas Jesus não lhe respondeu nenhuma palavra, de modo que o governador ficou muito impressionado.
  • 15. Por ocasião da festa era costume do governador soltar um prisioneiro escolhido pela multidão.
  • 16. Eles tinham, naquela ocasião, um prisioneiro muito conhecido, chamado Barrabás.
  • 17. Pilatos perguntou à multidão que ali se havia reunido: “Qual destes vocês querem que solte: Barrabás ou Jesus, chamado Cristo?”
  • 18. Porque sabia que o haviam entregado por inveja.
  • 19. Estando Pilatos sentado no tribunal, sua mulher lhe enviou esta mensagem: “Não se envolva com este inocente, porque hoje, em sonho, sofri muito por causa dele”.
  • 20. Mas os chefes dos sacerdotes e os líderes religiosos convenceram a multidão a que pedisse Barrabás e mandasse executar Jesus.
  • 21. Então perguntou o governador: “Qual dos dois vocês querem que eu solte?” Responderam eles: “Barrabás!”
  • 22. Perguntou Pilatos: “Que farei então com Jesus, chamado Cristo?” Todos responderam: “Crucifica-o!”
  • 23. “Por quê? Que crime ele cometeu?”, perguntou Pilatos. Mas eles gritavam ainda mais: “Crucifica-o!”
  • 24. Quando Pilatos percebeu que não estava obtendo nenhum resultado, mas, ao contrário, estava se iniciando um tumulto, mandou trazer água, lavou as mãos diante da multidão e disse: “Estou inocente do sangue deste homem; a responsabilidade é de vocês”.
  • 25. Todo o povo respondeu: “Que o sangue dele caia sobre nós e sobre nossos filhos!”
  • 26. Então Pilatos soltou-lhes Barrabás, mandou açoitar Jesus e o entregou para ser crucificado.
  • 27. Então, os soldados do governador levaram Jesus ao Pretório e reuniram toda a tropa ao seu redor.
  • 28. Tiraram-lhe as vestes e puseram nele um manto vermelho;
  • 29. fizeram uma coroa de espinhos e a colocaram em sua cabeça. Puseram uma vara em sua mão direita e, ajoelhando-se diante dele, zombavam: “Salve, rei dos judeus!”
  • 30. Cuspiram nele e, tirando-lhe a vara, batiam-lhe com ela na cabeça.
  • 31. Depois de terem zombado dele, tiraram-lhe o manto e vestiram-lhe suas próprias roupas. Então o levaram para crucificá-lo.
  • 32. Ao saírem, encontraram um homem de Cirene, chamado Simão, e o forçaram a carregar a cruz.
  • 33. Chegaram a um lugar chamado Gólgota, que quer dizer lugar da Caveira,
  • 34. e lhe deram para beber vinho misturado com fel; mas ele, depois de prová-lo, recusou-se a beber.
  • 35. Depois de o crucificarem, dividiram as roupas dele, tirando sortes.
  • 36. E, sentando-se, vigiavam-no ali.
  • 37. Por cima de sua cabeça, colocaram por escrito a acusação feita contra ele: ESTE É JESUS, O REI DOS JUDEUS.
  • 38. Dois ladrões foram crucificados com ele, um à sua direita e outro à sua esquerda.
  • 39. Os que passavam lançavam-lhe insultos, balançando a cabeça
  • 40. e dizendo: “Você que destrói o templo e o reedifica em três dias, salve-se! Desça da cruz se é Filho de Deus!”
  • 41. Da mesma forma, os chefes dos sacerdotes, os mestres da lei e os líderes religiosos zombavam dele,
  • 42. dizendo: “Salvou os outros, mas não é capaz de salvar a si mesmo! E é o rei de Israel! Desça agora da cruz, e creremos nele.
  • 43. Ele confiou em Deus. Que Deus o salve agora se dele tem compaixão, pois disse: ‘Sou o Filho de Deus!’ ”
  • 44. Igualmente o insultavam os ladrões que haviam sido crucificados com ele.
  • 45. E houve trevas sobre toda a terra, do meio-dia às três horas da tarde.
  • 46. Por volta das três horas da tarde, Jesus bradou em alta voz: “Eloí, Eloí, lamá sabactâni?”, que significa “Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste?”
  • 47. Quando alguns dos que estavam ali ouviram isso, disseram: “Ele está chamando Elias”.
  • 48. Imediatamente, um deles correu em busca de uma esponja, embebeu-a em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara e deu-a a Jesus para beber.
  • 49. Mas os outros disseram: “Deixem-no. Vejamos se Elias vem salvá-lo”.
  • 50. Depois de ter bradado novamente em alta voz, Jesus entregou o espírito.
  • 51. Naquele momento, o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo. A terra tremeu, e as rochas se partiram.
  • 52. Os sepulcros se abriram, e os corpos de muitos santos que tinham morrido foram ressuscitados.
  • 53. E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos.
  • 54. Quando o centurião e os que com ele vigiavam Jesus viram o terremoto e tudo o que havia acontecido, ficaram aterrorizados e exclamaram: “Verdadeiramente este era o Filho de Deus!”
  • 55. Muitas mulheres estavam ali, observando de longe. Elas haviam seguido Jesus desde a Galileia, para o servir.
  • 56. Entre elas estavam Maria Madalena; Maria, mãe de Tiago e de José; e a mãe dos filhos de Zebedeu.
  • 57. Ao cair da tarde chegou um homem rico, de Arimateia, chamado José, que se tornara discípulo de Jesus.
  • 58. Dirigindo-se a Pilatos, pediu o corpo de Jesus, e Pilatos ordenou que lhe fosse entregue.
  • 59. José tomou o corpo, envolveu-o num lençol limpo de linho
  • 60. e o colocou num sepulcro novo, que ele havia mandado cavar na rocha. E, fazendo rolar uma grande pedra sobre a entrada do sepulcro, retirou-se.
  • 61. Maria Madalena e a outra Maria estavam assentadas ali, em frente do sepulcro.
  • 62. No dia seguinte, isto é, no sábado, os chefes dos sacerdotes e os fariseus dirigiram-se a Pilatos
  • 63. e disseram: “Senhor, lembramos que, enquanto ainda estava vivo, aquele impostor disse: ‘Depois de três dias ressuscitarei’.
  • 64. Ordena, pois, que o sepulcro dele seja guardado até o terceiro dia, para que não venham seus discípulos e, roubando o corpo, digam ao povo que ele ressuscitou dentre os mortos. Este último engano será pior do que o primeiro”.
  • 65. “Levem um destacamento” , respondeu Pilatos. “Podem ir, e mantenham o sepulcro em segurança como acharem melhor”.
  • 66. Eles foram e armaram um esquema de segurança no sepulcro; e além de deixarem um destacamento montando guarda, lacraram a pedra.

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