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Assim diz o SENHOR: O céu é o meu trono, e a terra o escabelo dos meus pés; que casa me edificaríeis vós? E qual seria o lugar do meu descanso? Porque a minha mão fez todas estas coisas, e assim todas elas foram feitas, diz o SENHOR; mas para esse olharei, para o pobre e abatido de espírito, e que treme da minha palavra. [Isaías 66: 1-2]

Marcos 14

Nova Versão Internacional

  • 1. Faltavam apenas dois dias para a Páscoa e para a festa dos pães sem fermento. Os chefes dos sacerdotes e os mestres da lei estavam procurando um meio de flagrar Jesus em algum erro e matá-lo.
  • 2. Mas diziam: “Não durante a festa, para que não haja tumulto entre o povo”.
  • 3. Estando Jesus em Betânia, reclinado à mesa na casa de um homem conhecido como Simão, o leproso, aproximou-se dele certa mulher com um frasco de alabastro contendo um perfume muito caro, feito de nardo puro. Ela quebrou o frasco e derramou o perfume sobre a cabeça de Jesus.
  • 4. Alguns dos presentes começaram a dizer uns aos outros, indignados: “Por que este desperdício de perfume?
  • 5. Ele poderia ser vendido por trezentos denários , e o dinheiro ser dado aos pobres”. E eles a repreendiam severamente.
  • 6. “Deixem-na em paz”, disse Jesus. “Por que a estão perturbando? Ela praticou uma boa ação para comigo.
  • 7. Pois os pobres vocês sempre terão com vocês e poderão ajudá-los sempre que o desejarem. Mas a mim vocês nem sempre terão.
  • 8. Ela fez o que pôde. Derramou o perfume em meu corpo antecipadamente, preparando-o para o sepultamento.
  • 9. Eu asseguro que onde quer que o evangelho for anunciado, em todo o mundo, também o que ela fez será contado em sua memória.”
  • 10. Então Judas Iscariotes, um dos Doze, dirigiu-se aos chefes dos sacerdotes a fim de lhes entregar Jesus.
  • 11. A proposta muito os alegrou, e lhe prometeram dinheiro. Assim, ele procurava uma oportunidade para entregá-lo.
  • 12. No primeiro dia da festa dos pães sem fermento, quando se costumava sacrificar o cordeiro pascal, os discípulos de Jesus lhe perguntaram: “Aonde queres que vamos e te preparemos a refeição da Páscoa?”
  • 13. Então ele enviou dois de seus discípulos, dizendo-lhes: “Entrem na cidade, e um homem carregando um pote de água virá ao encontro de vocês. Sigam-no
  • 14. e digam ao dono da casa em que ele entrar: O Mestre pergunta: Onde é o meu salão de hóspedes, no qual poderei comer a Páscoa com meus discípulos?
  • 15. Ele mostrará uma ampla sala no andar superior, mobiliada e pronta. Façam ali os preparativos para nós”.
  • 16. Os discípulos se retiraram, entraram na cidade e encontraram tudo como Jesus lhes tinha dito. E prepararam a Páscoa.
  • 17. Ao anoitecer, Jesus chegou com os Doze.
  • 18. Quando estavam comendo, reclinados à mesa, Jesus disse: “Digo que certamente um de vocês me trairá, alguém que está comendo comigo”.
  • 19. Eles ficaram tristes e, um por um, lhe disseram: “Com certeza não sou eu!”
  • 20. Afirmou Jesus: “É um dos Doze, alguém que come comigo do mesmo prato.
  • 21. O Filho do homem vai, como está escrito a seu respeito. Mas ai daquele que trai o Filho do homem! Melhor lhe seria não haver nascido”.
  • 22. Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o, e o deu aos discípulos, dizendo: “Tomem; isto é o meu corpo”.
  • 23. Em seguida tomou o cálice, deu graças, ofereceu-o aos discípulos, e todos beberam.
  • 24. E disse-lhes: “Isto é o meu sangue da aliança , que é derramado em favor de muitos.
  • 25. Eu afirmo que não beberei outra vez do fruto da videira, até aquele dia em que beberei o vinho novo no Reino de Deus”.
  • 26. Depois de terem cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras.
  • 27. Disse-lhes Jesus: “Vocês todos me abandonarão. Pois está escrito: “ ‘Ferirei o pastor, e as ovelhas serão dispersas’.
  • 28. Mas, depois de ressuscitar, irei adiante de vocês para a Galileia”.
  • 29. Pedro declarou: “Ainda que todos te abandonem, eu não te abandonarei!”
  • 30. Respondeu Jesus: “Asseguro que ainda hoje, esta noite, antes que duas vezes cante o galo, três vezes você me negará”.
  • 31. Mas Pedro insistia ainda mais: “Mesmo que seja preciso que eu morra contigo, nunca te negarei”. E todos os outros disseram o mesmo.
  • 32. Então foram para um lugar chamado Getsêmani, e Jesus disse aos seus discípulos: “Sentem-se aqui enquanto vou orar”.
  • 33. Levou consigo Pedro, Tiago e João, e começou a ficar aflito e angustiado.
  • 34. E lhes disse: “A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem”.
  • 35. Indo um pouco mais adiante, prostrou-se e orava para que, se possível, fosse afastada dele aquela hora.
  • 36. E dizia: “Aba , Pai, tudo te é possível. Afasta de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, mas sim o que tu queres”.
  • 37. Então, voltou aos seus discípulos e os encontrou dormindo. “Simão”, disse ele a Pedro, “você está dormindo? Não pôde vigiar nem por uma hora?
  • 38. Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca.”
  • 39. Mais uma vez ele se afastou e orou, repetindo as mesmas palavras.
  • 40. Quando voltou, de novo os encontrou dormindo, porque seus olhos estavam pesados. Eles não sabiam o que lhe dizer.
  • 41. Voltando pela terceira vez, ele lhes disse: “Vocês ainda dormem e descansam? Basta! Chegou a hora! Eis que o Filho do homem está sendo entregue nas mãos dos pecadores.
  • 42. Levantem-se e vamos! Aí vem aquele que me trai!”
  • 43. Enquanto ele ainda falava, apareceu Judas, um dos Doze. Com ele estava uma multidão armada de espadas e varas, enviada pelos chefes dos sacerdotes, mestres da lei e líderes religiosos.
  • 44. O traidor havia combinado um sinal com eles: “Aquele a quem eu saudar com um beijo, é ele: prendam-no e levem-no em segurança”.
  • 45. Dirigindo-se imediatamente a Jesus, Judas disse: “Mestre!”, e o beijou.
  • 46. Os homens agarraram Jesus e o prenderam.
  • 47. Então, um dos que estavam por perto puxou a espada e feriu o servo do sumo sacerdote, decepando-lhe a orelha.
  • 48. Disse Jesus: “Estou eu chefiando alguma rebelião, para que vocês venham me prender com espadas e varas?
  • 49. Todos os dias eu estive com vocês, ensinando no templo, e vocês não me prenderam. Mas as Escrituras precisam ser cumpridas”.
  • 50. Então todos o abandonaram e fugiram.
  • 51. Um jovem, vestindo apenas um lençol de linho, estava seguindo Jesus. Quando tentaram prendê-lo,
  • 52. ele fugiu nu, deixando o lençol para trás.
  • 53. Levaram Jesus ao sumo sacerdote; e então se reuniram todos os chefes dos sacerdotes, os líderes religiosos e os mestres da lei.
  • 54. Pedro o seguiu de longe até o pátio do sumo sacerdote. Sentando-se ali com os guardas, esquentava-se junto ao fogo.
  • 55. Os chefes dos sacerdotes e todo o Sinédrio estavam procurando depoimentos contra Jesus, para que pudessem condená-lo à morte, mas não encontravam nenhum.
  • 56. Muitos testemunharam falsamente contra ele, mas as declarações deles não eram coerentes.
  • 57. Então se levantaram alguns e declararam falsamente contra ele:
  • 58. “Nós o ouvimos dizer: ‘Destruirei este templo feito por mãos humanas e em três dias construirei outro, não feito por mãos de homens’ ”.
  • 59. Mas, nem mesmo assim, o depoimento deles era coerente.
  • 60. Depois o sumo sacerdote levantou-se diante deles e perguntou a Jesus: “Você não vai responder à acusação que estes fazem sobre você?”
  • 61. Mas Jesus permaneceu em silêncio e nada respondeu. Outra vez o sumo sacerdote lhe perguntou: “Você é o Cristo, o Filho do Deus Bendito?”
  • 62. “Sou”, disse Jesus. “E vereis o Filho do homem assentado à direita do Poderoso vindo com as nuvens do céu.”
  • 63. O sumo sacerdote, rasgando as próprias vestes, perguntou: “Por que precisamos de mais testemunhas?
  • 64. Vocês ouviram a blasfêmia. Que acham?” Todos o julgaram digno de morte.
  • 65. Então alguns começaram a cuspir nele; vendaram-lhe os olhos e, dando-lhe murros, diziam: “Profetize!” E os guardas o levaram, dando-lhe tapas.
  • 66. Estando Pedro embaixo, no pátio, uma das criadas do sumo sacerdote passou por ali.
  • 67. Vendo Pedro a aquecer-se, olhou bem para ele e disse: “Você também estava com Jesus, o Nazareno”.
  • 68. Contudo ele o negou, dizendo: “Não o conheço, nem sei do que você está falando”. E saiu para o alpendre.
  • 69. Quando a criada o viu lá, disse novamente aos que estavam por perto: “Esse aí é um deles”.
  • 70. De novo ele negou. Pouco tempo depois, os que estavam sentados ali perto disseram a Pedro: “Certamente você é um deles. Você é galileu!”
  • 71. Ele começou a se amaldiçoar e a jurar: “Não conheço o homem de quem vocês estão falando!”
  • 72. E logo o galo cantou pela segunda vez. Então Pedro se lembrou da palavra que Jesus lhe tinha dito: “Antes que duas vezes cante o galo, você me negará três vezes”. E se pôs a chorar.

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