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Assim diz o SENHOR: O céu é o meu trono, e a terra o escabelo dos meus pés; que casa me edificaríeis vós? E qual seria o lugar do meu descanso? Porque a minha mão fez todas estas coisas, e assim todas elas foram feitas, diz o SENHOR; mas para esse olharei, para o pobre e abatido de espírito, e que treme da minha palavra. [Isaías 66: 1-2]

Marcos 15

Almeida Corrigida Fiel

  • 1. E, logo ao amanhecer, os principais dos sacerdotes, com os anciãos, e os escribas, e todo o Sinédrio, tiveram conselho; e, ligando Jesus, o levaram e entregaram a Pilatos.
  • 2. E Pilatos lhe perguntou: Tu és o Rei dos Judeus? E ele, respondendo, disse-lhe: Tu o dizes.
  • 3. E os principais dos sacerdotes o acusavam de muitas coisas; porém ele nada respondia.
  • 4. E Pilatos o interrogou outra vez, dizendo: Nada respondes? Vê quantas coisas testificam contra ti.
  • 5. Mas Jesus nada mais respondeu, de maneira que Pilatos se maravilhava.
  • 6. Ora, no dia da festa costumava soltar-lhes um preso qualquer que eles pedissem.
  • 7. E havia um chamado Barrabás, que, preso com outros amotinadores, tinha num motim cometido uma morte.
  • 8. E a multidão, dando gritos, começou a pedir que fizesse como sempre lhes tinha feito.
  • 9. E Pilatos lhes respondeu, dizendo: Quereis que vos solte o Rei dos Judeus?
  • 10. Porque ele bem sabia que por inveja os principais dos sacerdotes o tinham entregado.
  • 11. Mas os principais dos sacerdotes incitaram a multidão para que fosse solto antes Barrabás.
  • 12. E Pilatos, respondendo, lhes disse outra vez: Que quereis, pois, que faça daquele a quem chamais Rei dos Judeus?
  • 13. E eles tornaram a clamar: Crucifica-o.
  • 14. Mas Pilatos lhes disse: Mas que mal fez? E eles cada vez clamavam mais: Crucifica-o.
  • 15. Então Pilatos, querendo satisfazer a multidão, soltou-lhe Barrabás e, açoitado Jesus, o entregou para ser crucificado.
  • 16. E os soldados o levaram dentro à sala, que é a da audiência, e convocaram toda a coorte.
  • 17. E vestiram-no de púrpura, e tecendo uma coroa de espinhos, lha puseram na cabeça.
  • 18. E começaram a saudá-lo, dizendo: Salve, Rei dos Judeus!
  • 19. E feriram-no na cabeça com uma cana, e cuspiram nele e, postos de joelhos, o adoraram.
  • 20. E, havendo-o escarnecido, despiram-lhe a púrpura, e o vestiram com as suas próprias vestes; e o levaram para fora a fim de o crucificarem.
  • 21. E constrangeram um certo Simão, cireneu, pai de Alexandre e de Rufo, que por ali passava, vindo do campo, a que levasse a cruz.
  • 22. E levaram-no ao lugar do Gólgota, que se traduz por lugar da Caveira.
  • 23. E deram-lhe a beber vinho com mirra, mas ele não o tomou.
  • 24. E, havendo-o crucificado, repartiram as suas vestes, lançando sobre elas sortes, para saber o que cada um levaria.
  • 25. E era a hora terceira, e o crucificaram.
  • 26. E por cima dele estava escrita a sua acusação: O REI DOS JUDEUS.
  • 27. E crucificaram com ele dois salteadores, um à sua direita, e outro à esquerda.
  • 28. E cumprindo-se a escritura que diz: E com os malfeitores foi contado.
  • 29. E os que passavam blasfemavam dele, meneando as suas cabeças, e dizendo: Ah! tu que derrubas o templo, e em três dias o edificas,
  • 30. Salva-te a ti mesmo, e desce da cruz.
  • 31. E da mesma maneira também os principais dos sacerdotes, com os escribas, diziam uns para os outros, zombando: Salvou os outros, e não pode salvar-se a si mesmo.
  • 32. O Cristo, o Rei de Israel, desça agora da cruz, para que o vejamos e acreditemos. Também os que com ele foram crucificados o injuriavam.
  • 33. E, chegada a hora sexta, houve trevas sobre toda a terra até a hora nona.
  • 34. E, à hora nona, Jesus exclamou com grande voz, dizendo: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? que, traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?
  • 35. E alguns dos que ali estavam, ouvindo isto, diziam: Eis que chama por Elias.
  • 36. E um deles correu a embeber uma esponja em vinagre e, pondo-a numa cana, deu-lho a beber, dizendo: Deixai, vejamos se virá Elias tirá-lo.
  • 37. E Jesus, dando um grande brado, expirou.
  • 38. E o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo.
  • 39. E o centurião, que estava defronte dele, vendo que assim clamando expirara, disse: Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus.
  • 40. E também ali estavam algumas mulheres, olhando de longe, entre as quais também Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, o menor, e de José, e Salomé;
  • 41. As quais também o seguiam, e o serviam, quando estava na Galiléia; e muitas outras, que tinham subido com ele a Jerusalém.
  • 42. E, chegada a tarde, porquanto era o dia da preparação, isto é, a véspera do sábado,
  • 43. Chegou José de Arimatéia, senador honrado, que também esperava o reino de Deus, e ousadamente foi a Pilatos, e pediu o corpo de Jesus.
  • 44. E Pilatos se maravilhou de que já estivesse morto. E, chamando o centurião, perguntou-lhe se já havia muito que tinha morrido.
  • 45. E, tendo-se certificado pelo centurião, deu o corpo a José;
  • 46. O qual comprara um lençol fino, e, tirando-o da cruz, o envolveu nele, e o depositou num sepulcro lavrado numa rocha; e revolveu uma pedra para a porta do sepulcro.
  • 47. E Maria Madalena e Maria, mãe de José, observavam onde o punham.

Almeida Corrigida Fiel


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